...aprontava poucas e boas, mas acredito que todo aprontam coisas que vão guardar e um dia contar para os netos, como se fosse a coisa mais inocente do mundo.
O fato é que hoje em dia vejo que algumas de minhas atitudes inocentes levaram a processos de modificação para tudo aquilo onde coloquei meu santo dedinho infantil.
Posso dizer que não era uma criança das mais intelectuais e reflectivas do mundo. Estava pouco me ferrando para o que poderia acontecer, então aprontei, deveras!
Quando adulto fica muito mais claro de reparar o quanto podemos mudar as coisas com atitudes impensadas.
Existia lá na cidadezinha de onde venho, uma distribuidora de refrigerantes. Era uma empresa grande, bem conhecida na cidade. Inclusive empregava boa parte da cidade, mas isso não vem ao caso.
Acordava todos os dias por volta das 5 da manhã, tomava meu café, pão com manteiga, e partia a pé para a escola, onde entrava lá pelas 7. Porém, no caminho havia essa empresa.
Então, num dia frio, chuvoso, reparei que os caminhões que guardavam as encomendas para serem entregues, ficavam estacionados na parte de trás da empresa, onde não havia praticamente nada, a não ser uma avenida pouco movimentada e um rio semi-poluído.
Via aqueles grandes caminhões coloridos, cobertos por lonas verdes manchadas por tantos dias de sol e chuva, e ficava curioso... O que teria por debaixo da lona?
Nesse dia frio resolvi então descobrir o segredo das lonas.
Fui caminhando ao lado do caminhão mais próximo, larguei meu guarda chuva próximo ao pneu, escalei pela beirada e desamarrei uma das cordas que seguravam a lona para facilitar minha incursão.
Usando um pouco de força, levantei a lona e dei uma breve espiada, e qual não foi minha surpresa ao perceber que se tratava de um carregamento de refrigerantes!
Criança sadia, pouco açúcar no sangue, precisava consumir uma ou duas garrafinhas diárias daquele elixir maravilhoso que vinha envasado em garrafinhas transparentes e com logotipos chamativos.
Peguei ali três ou quatro garrafinhas e voltei pra casa contente por ter algo para beber pelo resto da tarde. O detalhe é que o caso prosseguiu por mais alguns dias.
Creio que mês e meio depois dessas visitas aos caminhões de entrega, a empresa abriu falência e fechou.
Foi então que, a alguns dias atrás, observando algumas pesquisas que eu fazia pela internet, me deparei com uma noticia lá da minha cidadezinha, de um jornal bem antigo, da época em que eu bebia meus refrigerantes, e descobri que o motivo pelo qual a empresa faliu foi: desvio de verbas pelos donos da empresa e DESVIO DE MERCADORIAS, ASSIM COMO PROBLEMAS CONSECUTIVOS DE FALTA DA MESMA DURANTE A ENTREGA!
Acredito hoje que, se um avião cair em algum lugar, não serei responsável por ele, mas se uma empresa de refrigerantes de minha cidade natal fechou, eu tive... ahmm, digamos... certo envolvimento no caso!
Coisas que só fazemos quando somos crianças...
O fato é que hoje em dia vejo que algumas de minhas atitudes inocentes levaram a processos de modificação para tudo aquilo onde coloquei meu santo dedinho infantil.
Posso dizer que não era uma criança das mais intelectuais e reflectivas do mundo. Estava pouco me ferrando para o que poderia acontecer, então aprontei, deveras!
Quando adulto fica muito mais claro de reparar o quanto podemos mudar as coisas com atitudes impensadas.
Existia lá na cidadezinha de onde venho, uma distribuidora de refrigerantes. Era uma empresa grande, bem conhecida na cidade. Inclusive empregava boa parte da cidade, mas isso não vem ao caso.
Acordava todos os dias por volta das 5 da manhã, tomava meu café, pão com manteiga, e partia a pé para a escola, onde entrava lá pelas 7. Porém, no caminho havia essa empresa.
Então, num dia frio, chuvoso, reparei que os caminhões que guardavam as encomendas para serem entregues, ficavam estacionados na parte de trás da empresa, onde não havia praticamente nada, a não ser uma avenida pouco movimentada e um rio semi-poluído.
Via aqueles grandes caminhões coloridos, cobertos por lonas verdes manchadas por tantos dias de sol e chuva, e ficava curioso... O que teria por debaixo da lona?
Nesse dia frio resolvi então descobrir o segredo das lonas.
Fui caminhando ao lado do caminhão mais próximo, larguei meu guarda chuva próximo ao pneu, escalei pela beirada e desamarrei uma das cordas que seguravam a lona para facilitar minha incursão.
Usando um pouco de força, levantei a lona e dei uma breve espiada, e qual não foi minha surpresa ao perceber que se tratava de um carregamento de refrigerantes!
Criança sadia, pouco açúcar no sangue, precisava consumir uma ou duas garrafinhas diárias daquele elixir maravilhoso que vinha envasado em garrafinhas transparentes e com logotipos chamativos.
Peguei ali três ou quatro garrafinhas e voltei pra casa contente por ter algo para beber pelo resto da tarde. O detalhe é que o caso prosseguiu por mais alguns dias.
Creio que mês e meio depois dessas visitas aos caminhões de entrega, a empresa abriu falência e fechou.
Foi então que, a alguns dias atrás, observando algumas pesquisas que eu fazia pela internet, me deparei com uma noticia lá da minha cidadezinha, de um jornal bem antigo, da época em que eu bebia meus refrigerantes, e descobri que o motivo pelo qual a empresa faliu foi: desvio de verbas pelos donos da empresa e DESVIO DE MERCADORIAS, ASSIM COMO PROBLEMAS CONSECUTIVOS DE FALTA DA MESMA DURANTE A ENTREGA!
Acredito hoje que, se um avião cair em algum lugar, não serei responsável por ele, mas se uma empresa de refrigerantes de minha cidade natal fechou, eu tive... ahmm, digamos... certo envolvimento no caso!
Coisas que só fazemos quando somos crianças...
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