Em minha humilde opinião, existem certos rituais que devem ser mantidos para que a mente humana não se perca no mar de loucura a que é exposta todos os dias.
Em minha rotina diária de acordar, trabalhar, dormir, tento manter pelo menos um, que, nesses últimos tempos de fúria, me mantém de cabeça fria.
Chego no trabalho geralmente dez minutos antes de entrar para o sacrifício.
Na porta de entrada, ainda do lado de fora, me sento em uma espécie de banco de concreto, de onde tenho vista para um prédio de escritório e suas vidraças gigantes, um outro edifício que acredito ser um daqueles flats ricos próximos a Faria Lima, e a uma espécie de retângulo entre eles por onde vejo o céu e suas nuvens..
Observo o escritório, e penso em um trabalho atrás de uma mesa, ao qual não nasci para desenvolver.
Observo o flat, e penso em um lugar ostensivo demais para a minha personalidade, logo nunca vou desejar me hospedar por lá.
Observo o céu, e quando um avião passa, me imagino dentro dele, fugindo para qualquer lugar do mundo, tentando sobreviver aos fatos que tentam me devorar, lutando contra meus demônios para que eles não me persigam nesse novo caminho, ainda que isso fosse algo impossível.
Respiro fundo, olho o céu novamente e entro para trabalhar.
O mais interessante, é que a alguns dias atrás, percebi que mais alguém seguia um ritual muito parecido.
De uma das janelas do escritório, alguém, sentado em sua cadeira confortável, vira-se e observa o mundo lá fora. Passa um bom tempo a olhar os edifícios, as pessoas na calçada, os carros num engarrafamento, os faróis piscando, o sobe e desce de helicópteros, e um jovem sentado numa base de concreto.
Um dia talvez, acabemos sentados juntos em uma das cadeiras brancas do deck, tomaremos um café, e discutiremos nossos rituais.
Talvez um dia tudo seja diferente.
Em minha rotina diária de acordar, trabalhar, dormir, tento manter pelo menos um, que, nesses últimos tempos de fúria, me mantém de cabeça fria.
Chego no trabalho geralmente dez minutos antes de entrar para o sacrifício.
Na porta de entrada, ainda do lado de fora, me sento em uma espécie de banco de concreto, de onde tenho vista para um prédio de escritório e suas vidraças gigantes, um outro edifício que acredito ser um daqueles flats ricos próximos a Faria Lima, e a uma espécie de retângulo entre eles por onde vejo o céu e suas nuvens..
Observo o escritório, e penso em um trabalho atrás de uma mesa, ao qual não nasci para desenvolver.
Observo o flat, e penso em um lugar ostensivo demais para a minha personalidade, logo nunca vou desejar me hospedar por lá.
Observo o céu, e quando um avião passa, me imagino dentro dele, fugindo para qualquer lugar do mundo, tentando sobreviver aos fatos que tentam me devorar, lutando contra meus demônios para que eles não me persigam nesse novo caminho, ainda que isso fosse algo impossível.
Respiro fundo, olho o céu novamente e entro para trabalhar.
O mais interessante, é que a alguns dias atrás, percebi que mais alguém seguia um ritual muito parecido.
De uma das janelas do escritório, alguém, sentado em sua cadeira confortável, vira-se e observa o mundo lá fora. Passa um bom tempo a olhar os edifícios, as pessoas na calçada, os carros num engarrafamento, os faróis piscando, o sobe e desce de helicópteros, e um jovem sentado numa base de concreto.
Um dia talvez, acabemos sentados juntos em uma das cadeiras brancas do deck, tomaremos um café, e discutiremos nossos rituais.
Talvez um dia tudo seja diferente.
Um comentário:
nossa... eu sempre me imagino dentro do avião q tá passando...e olha q nunca andei de avião, deve ser por isso rs
Postar um comentário