Era só mais uma noite fria e chuvosa.
Meu café esfriava rapidamente, meus cigarros duravam uma tragada e as pessoas entravam e saiam aos montes pela porta de entrada.
Ou será que passei mais tempo que o normal sentado ali sozinho? Não sei, e não me importo.
A noite ia alta de céu coberto de nuvens espessas, ansiosas por derramar toda sua fúria sobre as paredes de concreto e telhados.
Era minha maldição toda aquela água prestes a cair, pois sabia que assim que meus pés tocassem a calçada toda aquela festa de raios e trovões começariam novamente.
Pela janela eu podia ver o céu, via alguns clarões rápidos, como quem recebe uma mensagem dizendo "é isso ai rapaz, estamos aqui só para você!"
Podia ter me abrigado naquele café de porta chamativa, mas não iria conseguir fugir por muito mais tempo, mas tudo bem, não me importava.
Meu chapéu repousava sobre o balcão, junto de minha capa e meu jornal. Mais uma xícara de café quente, um pão de queijo talvez, um cigarro e era tudo o que eu tinha.
Certa vez, um amigo em dificuldades, ao explicar o porque de algumas atitudes que não convém comentar, disse uma frase que tem sua razão.
A gente trabalha com o que tem.
E ali estava eu trabalhando com o que tinha de trocados na carteira e ideias pessimistas.
Ao meu redor as pessoas conversavam animadamente. Reviravoltas no trabalho, coisas de família, a vitória de um time qualquer, sobre a chuva que não parava.
Não me era estranho ir parar naquela cafeteria, tarde da noite, sozinho. Tantas foram as vezes em que me vi entregue ao silencio e aquele abraço gélido já estava virando um costume, então porque me preocupar?
A sineta da porta tocou chamando minha atenção, mas ao ver quem entrava minhas ultimas pontas de esperança foram consumidas sem propósito, e, além do mais, seria impossível tal pessoa aparecer, não apenas pela distancia que nos separava, mas sim pela falta de vontade.
Larguei as moedas sobre o balcão de madeira, chapéu, capa e jornal em punhos, me precipitei para a noite, para aquela que não me abandonava, e que já me recebia com a garoa.
Meu café esfriava rapidamente, meus cigarros duravam uma tragada e as pessoas entravam e saiam aos montes pela porta de entrada.
Ou será que passei mais tempo que o normal sentado ali sozinho? Não sei, e não me importo.
A noite ia alta de céu coberto de nuvens espessas, ansiosas por derramar toda sua fúria sobre as paredes de concreto e telhados.
Era minha maldição toda aquela água prestes a cair, pois sabia que assim que meus pés tocassem a calçada toda aquela festa de raios e trovões começariam novamente.
Pela janela eu podia ver o céu, via alguns clarões rápidos, como quem recebe uma mensagem dizendo "é isso ai rapaz, estamos aqui só para você!"
Podia ter me abrigado naquele café de porta chamativa, mas não iria conseguir fugir por muito mais tempo, mas tudo bem, não me importava.
Meu chapéu repousava sobre o balcão, junto de minha capa e meu jornal. Mais uma xícara de café quente, um pão de queijo talvez, um cigarro e era tudo o que eu tinha.
Certa vez, um amigo em dificuldades, ao explicar o porque de algumas atitudes que não convém comentar, disse uma frase que tem sua razão.
A gente trabalha com o que tem.
E ali estava eu trabalhando com o que tinha de trocados na carteira e ideias pessimistas.
Ao meu redor as pessoas conversavam animadamente. Reviravoltas no trabalho, coisas de família, a vitória de um time qualquer, sobre a chuva que não parava.
Não me era estranho ir parar naquela cafeteria, tarde da noite, sozinho. Tantas foram as vezes em que me vi entregue ao silencio e aquele abraço gélido já estava virando um costume, então porque me preocupar?
A sineta da porta tocou chamando minha atenção, mas ao ver quem entrava minhas ultimas pontas de esperança foram consumidas sem propósito, e, além do mais, seria impossível tal pessoa aparecer, não apenas pela distancia que nos separava, mas sim pela falta de vontade.
Larguei as moedas sobre o balcão de madeira, chapéu, capa e jornal em punhos, me precipitei para a noite, para aquela que não me abandonava, e que já me recebia com a garoa.