28 de dezembro de 2008

Moça da Vila

Olha a moça da vila

Lembro da flor no cabelo

Da saia raspando o chão

Do som da boemia

Olha a moça do sorriso largo

Dos olhos encantadores

Da voz doce

Da vontade liberta

Olha os pés

Embalando um samba

Cantando uma canção

Levando uma vida

Olha o jovem poeta

Caído em sua pura desilusão

Quanto a dizer

Quanto a fazer

Olha a moça vindo

De qualquer lugar

E olha o poeta

Olha a moça

Olha os dois alí

O mesmo meio

A mesma boemia

Sempre os mesmos

Olha a moça da vila

Que hoje não tem flor

Mas qual o caso?

Se ela floresce para a noite?

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