Olha a moça da vila
Lembro da flor no cabelo
Da saia raspando o chão
Do som da boemia
Olha a moça do sorriso largo
Dos olhos encantadores
Da voz doce
Da vontade liberta
Olha os pés
Embalando um samba
Cantando uma canção
Levando uma vida
Olha o jovem poeta
Caído em sua pura desilusão
Quanto a dizer
Quanto a fazer
Olha a moça vindo
De qualquer lugar
E olha o poeta
Olha a moça
Olha os dois alí
O mesmo meio
A mesma boemia
Sempre os mesmos
Olha a moça da vila
Que hoje não tem flor
Mas qual o caso?
Se ela floresce para a noite?
Nenhum comentário:
Postar um comentário