Quando cai a noite, nem todos os gatos são pardos como se imagina.
Presentes na maior parte dos lugares, presenciando quase todos os momentos importantes da história humana, eles sempre estarão lá para observar e refletir.
Sempre pensamos que eles seriam sempre os mesmos, não importa o que viesse a acontecer, mas não é bem assim que as coisas funcionam em tempos de instabilidade geral.
Digo que é bom estar perto, conhecer a história e seus pormenores, todos os detalhes sórdidos e ter acesso aos pedaços que a muitos faz falta.
Mas presenciar, estar perto demais, em uma aproximação instigante, força a não mais querer se afastar.
E quando, repentinamente, a tinta se desfaz ao chão, é impossível não enfiar os pés no meio de uma fusão de cores enigmáticas, que não se distinguem entre belas ou terríveis.
Que se salve aquele que tiver onde subir, onde se agarrar. E não importa quem está se afogando, pois gato bom é gato arredio, em cima do muro, bem longe do perigo.
E lá estou eu, empoleirado sobre os tijolos, observando mundos ruírem a meus pés.
Minha vontade é de pular, cair em meio a devastação para salvar o que sobrou de inocência e beleza, ainda que mergulhar na tinta fresca é deixar de ser pardo para ser parte da história que até então eu apenas apreciava observar de tempos em tempos.
Alguém então grita, que "deus salve a rainha", mas são apenas mais observadores que não querem se envolver. Nada além da ração no pote colorido no dia seguinte.
E me lanço sem dar ouvidos, sem pensar nas consequencias, mesmo que certo de que, ao bater com o corpo macio no lodo que se forma, gotas vão subir e atingir os mais próximos.
Talvez isso lhes sirva de lição para deixarem de ser pardos e agirem um pouco mais.
Estou longe de chegar a meu destino, mas salvo quantos puder no caminho.
Presentes na maior parte dos lugares, presenciando quase todos os momentos importantes da história humana, eles sempre estarão lá para observar e refletir.
Sempre pensamos que eles seriam sempre os mesmos, não importa o que viesse a acontecer, mas não é bem assim que as coisas funcionam em tempos de instabilidade geral.
Digo que é bom estar perto, conhecer a história e seus pormenores, todos os detalhes sórdidos e ter acesso aos pedaços que a muitos faz falta.
Mas presenciar, estar perto demais, em uma aproximação instigante, força a não mais querer se afastar.
E quando, repentinamente, a tinta se desfaz ao chão, é impossível não enfiar os pés no meio de uma fusão de cores enigmáticas, que não se distinguem entre belas ou terríveis.
Que se salve aquele que tiver onde subir, onde se agarrar. E não importa quem está se afogando, pois gato bom é gato arredio, em cima do muro, bem longe do perigo.
E lá estou eu, empoleirado sobre os tijolos, observando mundos ruírem a meus pés.
Minha vontade é de pular, cair em meio a devastação para salvar o que sobrou de inocência e beleza, ainda que mergulhar na tinta fresca é deixar de ser pardo para ser parte da história que até então eu apenas apreciava observar de tempos em tempos.
Alguém então grita, que "deus salve a rainha", mas são apenas mais observadores que não querem se envolver. Nada além da ração no pote colorido no dia seguinte.
E me lanço sem dar ouvidos, sem pensar nas consequencias, mesmo que certo de que, ao bater com o corpo macio no lodo que se forma, gotas vão subir e atingir os mais próximos.
Talvez isso lhes sirva de lição para deixarem de ser pardos e agirem um pouco mais.
Estou longe de chegar a meu destino, mas salvo quantos puder no caminho.
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