8 de junho de 2009

Edredon Vermelho


Fecho os olhos quando o sol chega
sonhos dispersos num edredon vermelho
repasso detalhes de uma conversa
dispenso o frio insistente
Vejo imagens desconhecidas
fotos de uma boneca de cera
invado seus pensamentos selvagens
ordenados com tamanha delicadeza
Forjo os planos de fuga
para um casal na auto estrada
uma praia, um lugar qualquer
onde acordar seja desnecessário
Sinto as algemas que me prendem
me inibem de sair em disparada
desse lugar onde a solidão me perturba
para debaixo de teu calor e aconchego
E quando em um quadro ver tuas obras
poderei sentir a profundidade de teus olhos
o toque delicado das mãos a boca
o cabelo que lhe esconde a face
Nos geranios vou buscar teu perfume
encontrar uma pista do seu real
imaginar o que mais tens a dizer
estar aberto ao que possa me perguntar
Me deito quando o dia se estreita
sonhos repletos de curiosidade e segredos
repasso visões em uma janela
dispenso a solidão frequente

2 comentários:

°°° Luana Lima °°° disse...

Hmmmm!!!
Gostei da poesia, da imagem, do blog e do dono do blog também...hehe

=D

Mto'sss bjsss;

Ana P. disse...

É engraçado como continuo tão só quanto antes, mas tem alguma coisa me fazendo companhia e me fazendo feliz.

Paixonite? Nem sei. Mas... tá fazendo bem.

Apesar do edredom continuar frio...