10 de março de 2009

Dias de Fúria

O tempo anda corrido em momentos que deveria simplesmente parar, e em outros ele rasteja e prefere sufocar-me com tantos pensamentos.
Tenho tanto por fazer, tantas coisas que esperam escondidas todas as manhãs, que quase não me resta tempo para escrever ou sonhar um pouco.
Vejo meus dias como uma montanha russa nem um pouco divertida, um sobe e desce de emoções que me desintegra a cada novo avanço, a cada nova curva, mas sou forte, tenho de ser forte, não é mesmo? Então prossigo.
Uma mudança por fazer, um trabalho que me consome, um romance que me faz sonhar, uma solidão teimosa, amigos que passam, novidades que chegam, tempestades avassaladoras, dias de fúria.
Não se trata de uma reclamação, mas não posso deixar de citar que as vezes tenho apenas uma vontade meio maluca de desaparecer, ir dar com a cara em alguma praia no México, ser alguém diferente em um novo lugar, começar tudo novamente, até me ver bloqueado pelos mesmos problemas de antes.
E quando chega a noite, momento de descanso para muitos, fico acordado, ligado no 220, a cabeça pulando. Mordo os lábios até machucar, olho para todos os cantos desse pequeno apartamento, esfrego o rosto cansado, escuto algumas musicas para tentar escapar, folheio algum livro, tento fazer passar tudo, mas não tem adiantado muito contra minhas preocupações.
Mês que vem tiro férias, tenho lá algumas coisas planejadas, e deixei alguns dias livres para ser surpreendido pelo acaso, mas não estou muito confiante de que terei paz por trinta dias, pois é difícil sempre estar de prontidão.
O que tenho de fazer agora é simples: resolver meus problemas e seguir em frente.
São dias de fúria, e vou sair deles vencedor. Pelo menos espero...

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