Tem uma musica do Engenheiros do Hawaii que sempre escutei quando garoto e que me apresentou uma frase que trago comigo até hoje. Ela diz o seguinte:
"A duvida é o preço da pureza"
Tenho me envolvido muito com esse tema, acreditar ou não nas coisas, e cada vez mais descubro que é apenas opção nossa aceitar as coisas como elas são, ou simplesmente fazer o diabo para que sejam diferente.
Tenho pensado a respeito do que é ter família para cuidar, tenho lido em blogs de amigos sobre esse tema e sobre como o ser humano, enquanto estúpido, tende a aceitar as coisas da forma como são por pura preguiça ou acomodação.
Conversando com uma amiga hoje, fui surpreendido com uma pergunta que até então não havia me confrontado antes:
"Piero, quando foi que essa psicodelia começou?"
Fiquei nostálgico no momento, tentei lembrar de momentos dos últimos dias, meses, anos e na hora não soube responder exatamente, soltando apenas um "não sei, porra!" como resposta imediata, daquelas que a gente não faz muita força para pensar no momento, mas sabe que quando chegar em casa aquela perguntinha vai cair como uma bigorna de duas toneladas na nossa cabeça.
Mas como disse aquela musica, a duvida consumia minha pureza, pouco a pouco...
Comecei a perceber certas coisas estranhas pairando no ar frente a um apanhado de histórias, sendo algumas recentes e outras das quais alguns fatos me escapam da memória, mas que faziam certo sentido quando vistas todas juntas.
Fatos são fatos, e independente da minha versão para algumas histórias e da versão de terceiros, a verdade é sempre imparcial, é sempre um fato único.
Observando tudo isso então, aqui, sentadinho no meu sofá prediléto, tomando meu café da manhã, vendo tudo espalhado devido a uma futura mudança de apartamento, começo a colocar as peças no lugar, e ver algumas coisas que me cercam.
Para o momento atual, tenho algumas mentiras que me cercam, que não são minhas mentiras, porque não tenho essa mania absurda de inventar histórias canalhescas, mas essas mentiras estão em minhas costas e existem poucas formas de se acabar com elas, e todas são desastrosas.
Olhando para meu passado, vejo um monte de erros, situações mal resolvidas, que um dia virão me confrontar novamente e cobrar por tudo o que fiz.
Olhando para algumas pessoas ao meu redor eu vejo mentiras que se tornam verdade pela forma na qual as pessoas acreditam, já que a pior mentira é aquela que se conta tantas vezes que acabamos acreditando.
Vejo falsidade também, e isso me corrói. Se você é como diz ser, porque usa mascaras? É tão desnecessário!
Mas o pior cego é aquele que não quer ver, e não sou eu quem vai dar uma de salvador e tentar mostrar o caminho. De certa forma, quero mesmo é que se danem.
Olhando para dentro de mim, vejo algumas incertezas, alguns receios, vejo uma duvida crescendo por atitudes que julgo infantis, mais uma vez não de minha parte, mas que vem se tornando um fardo difícil de carregar.
Ora bolas, não sou santo, posso errar também, mas minha mãe me ensinou a ser um cara decente, assumir a autoria de minhas cagadas, pedir desculpas, arrumar minha bagunça quando for possível. É o mínimo que se espera das pessoas, dizia ela, mas veja bem mamãe, não é o que vejo nas pessoas.
Decência é artigo de luxo, do tipo "tem, mas acabou".
A musica segue então para outra frase:
"é inútil ter certeza"
Ontem assisti o filme "O Curioso Caso de Benjamim Button" e, em determinado momento, aparece um personagem que diz ter sido atingido por raio sete vezes, e quando ele finalmente explica o porque dos raios, diz algo a respeito de certas pessoas não terem certeza das coisas, mas que elas sempre vão sentir quando uma tempestade está por vir, e ai, por minha autoria complemento: Seja essa tempestade devastadora a ponto de destruir tudo o que "achamos" possuir, seja para simplesmente limpar tudo para que possamos começar tudo do zero.
No fim das contas, posso pagar um preço alto por minhas duvidas, e disso não vou escapar (e nem quero), porque posso sentir, não sou tolo, o futuro me guarda uma tempestade.
"A duvida é o preço da pureza"
Tenho me envolvido muito com esse tema, acreditar ou não nas coisas, e cada vez mais descubro que é apenas opção nossa aceitar as coisas como elas são, ou simplesmente fazer o diabo para que sejam diferente.
Tenho pensado a respeito do que é ter família para cuidar, tenho lido em blogs de amigos sobre esse tema e sobre como o ser humano, enquanto estúpido, tende a aceitar as coisas da forma como são por pura preguiça ou acomodação.
Conversando com uma amiga hoje, fui surpreendido com uma pergunta que até então não havia me confrontado antes:
"Piero, quando foi que essa psicodelia começou?"
Fiquei nostálgico no momento, tentei lembrar de momentos dos últimos dias, meses, anos e na hora não soube responder exatamente, soltando apenas um "não sei, porra!" como resposta imediata, daquelas que a gente não faz muita força para pensar no momento, mas sabe que quando chegar em casa aquela perguntinha vai cair como uma bigorna de duas toneladas na nossa cabeça.
Mas como disse aquela musica, a duvida consumia minha pureza, pouco a pouco...
Comecei a perceber certas coisas estranhas pairando no ar frente a um apanhado de histórias, sendo algumas recentes e outras das quais alguns fatos me escapam da memória, mas que faziam certo sentido quando vistas todas juntas.
Fatos são fatos, e independente da minha versão para algumas histórias e da versão de terceiros, a verdade é sempre imparcial, é sempre um fato único.
Observando tudo isso então, aqui, sentadinho no meu sofá prediléto, tomando meu café da manhã, vendo tudo espalhado devido a uma futura mudança de apartamento, começo a colocar as peças no lugar, e ver algumas coisas que me cercam.
Para o momento atual, tenho algumas mentiras que me cercam, que não são minhas mentiras, porque não tenho essa mania absurda de inventar histórias canalhescas, mas essas mentiras estão em minhas costas e existem poucas formas de se acabar com elas, e todas são desastrosas.
Olhando para meu passado, vejo um monte de erros, situações mal resolvidas, que um dia virão me confrontar novamente e cobrar por tudo o que fiz.
Olhando para algumas pessoas ao meu redor eu vejo mentiras que se tornam verdade pela forma na qual as pessoas acreditam, já que a pior mentira é aquela que se conta tantas vezes que acabamos acreditando.
Vejo falsidade também, e isso me corrói. Se você é como diz ser, porque usa mascaras? É tão desnecessário!
Mas o pior cego é aquele que não quer ver, e não sou eu quem vai dar uma de salvador e tentar mostrar o caminho. De certa forma, quero mesmo é que se danem.
Olhando para dentro de mim, vejo algumas incertezas, alguns receios, vejo uma duvida crescendo por atitudes que julgo infantis, mais uma vez não de minha parte, mas que vem se tornando um fardo difícil de carregar.
Ora bolas, não sou santo, posso errar também, mas minha mãe me ensinou a ser um cara decente, assumir a autoria de minhas cagadas, pedir desculpas, arrumar minha bagunça quando for possível. É o mínimo que se espera das pessoas, dizia ela, mas veja bem mamãe, não é o que vejo nas pessoas.
Decência é artigo de luxo, do tipo "tem, mas acabou".
A musica segue então para outra frase:
"é inútil ter certeza"
Ontem assisti o filme "O Curioso Caso de Benjamim Button" e, em determinado momento, aparece um personagem que diz ter sido atingido por raio sete vezes, e quando ele finalmente explica o porque dos raios, diz algo a respeito de certas pessoas não terem certeza das coisas, mas que elas sempre vão sentir quando uma tempestade está por vir, e ai, por minha autoria complemento: Seja essa tempestade devastadora a ponto de destruir tudo o que "achamos" possuir, seja para simplesmente limpar tudo para que possamos começar tudo do zero.
No fim das contas, posso pagar um preço alto por minhas duvidas, e disso não vou escapar (e nem quero), porque posso sentir, não sou tolo, o futuro me guarda uma tempestade.
2 comentários:
Dessa mesma música, eu tiro a seguinte frase: estamos sós e nenhum de nós sabe exatamente onde vai parar.
Viver mentiras, mentir verdades... nada é completamente imparcial. Uma verdade nunca envolve apenas uma única pessoa. E quando mais pessoas se envolvem em uma verdade, mais interpretações dela teremos.
O negócio é sempre analisar.
Mas de boa??? O negócio principal é sempre descomplicar. A gente complica tudo, por demais.
Assisti o filme tb. Gostei mais do final.
"Algumas pessoas nascem para sentarem na beira do rio.
Algumas são atingidas por raios.
Algumas têm ouvidos para música.
Algumas são artistas.
Algumas nadam.
Algumas entendem de botões.
Algumas conhecem Shakespeare.
Algumas... são mães.
E algumas pessoas... dançam."
Cada um de nós leva a vida do jeito que acha melhor. Com verdades ou com mentiras.
Algumas pessoas vivem.
Algumas pessoas mentem.
A dúvida é o veneno da alma...
Gostei muito do que escreveu.
Se a gente se coloca a pensar por muito tempo, enlouquece.
O lance é tirar as duvidas de maneira pratica e levar a bola pra frente.
Te amo.
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