11 de março de 2009

Sozinho Novamente


A vida segue
por rumos indecifráveis
inexplicável
dureza do destino
Sozinho novamente
como um estranho
para mim mesmo
mas não há nada novo
Como areia voando
como olhos se fechando
e num sopro
repito o mesmo nome
Ao meio dia
cruzei a praça central
um tiro
fim de jogo
Os bons sempre caem
talvez não sejam tão bons
como uma poesia
um risco de sofrimento
Nada funciona como deve
o simples torna-se complicado
o mesmo nome
lágrimas
Sinto
muito é o que sinto
sinto muito
mas para tantos
não há o que sentir
Sozinho novamente
cantando os mesmos sons
e as cordas
cortam meus dedos
Sofro
pés cortados pelo chão gelado
mas tinha de ser assim
não tinha?
Como uma taça quebrando
corpos em chamas
repito o mesmo nome
e minha memória se cala
Distante mundo dos sonhos
ousei pisar desprotegido
desconhecido
posto para fora
Sozinho novamente
um estranho sentimento
o retorno ao esquecimento
parece que me aguardava
Como vozes distantes
como almas rastejantes
o mesmo nome
eu eu acabo

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