4 de janeiro de 2009

Cemitério

Um cemitério de bitúcas
Cigarros fumados
Por apreensão
Por saudade
Certas vontades
E desejos incontidos
Permanecer
Como feitos impossíveis
São tantas risadas
Vozes distintas
Mas o que quero
Nunca estará aqui
Meninas vestidas
Formosas ao olhar
Mas sou distinto
Decisivo
O amor me engana
Me traz o errante
Mas errar
Me torna forte
Existem fogos lá fora
Explosões sucessivas
Grande coisa...
Nada vai me trazer
De volta
Um pequeno cemitério
Das lembranças e vontades
Ainda que nada mude
Ainda que seja o mesmo

Um comentário:

Ana P. disse...

[percebo que você tem problemas em dormir, ou só gosta de ficar acordado e postando até altas horas mesmo???]

Cemitério de bitucas me traduz ansiedade... uma ansiedade de não conseguir esperar pelo que está por vir, ainda que não se saiba exatamente o que está por vir.

Os fogos é pra celebrar, beibe. O foda, é que as pessoas celebram por coisas que não se sabe exatamente se devem ser celebradas. Acho esse tipo de esperança tão piegas quanto a desesperança que em mim reside.

AAAAHHHHH!!! Um dia eu vou sair gritando e quebrando tudo para, quem sabe, me quebrar e me descobrir no final, o que existe dentro de mim.

[isso tá quase virando um post, melhor parar por aqui, gostei do poema!!!]