Anos atrás, eu morava numa cidade pequena, daquelas em que todos se conheciam por nome, onde todos frequentavam as mesmas igrejas, se reuniam na praça nos finais de semana, ou faziam grupinhos para jogar bola frente a casa de alguém.
Estudava em um colégio considerado bom, tinha meus amigos e inimigos, tinha meus livros, minhas canções, meus afazeres diários, e nada fugia daquele meio.
Mas um dia, refletindo com um grande amigo, tive a pequena impressão de que, permanecendo ali, naquela cidade, minha vida se resumiria a nada.
Não tinha planos para o futuro, não pensava em sair de casa, queria namorar e casar com alguma moça com a mesma vontade de viver ali, trabalharia numa das lojas locais, enfim, não seria diferente de ninguém.
O que mais me transtornou na realidade, foi o fato de ter a plena certeza de que vivendo para sempre como os demais, não evoluiria para nenhum lugar.
Meu pensamento seguinte foi objetivo: Fugir daquele lugar.
Seis anos depois, morando nesse pequeno apartamento com o mesmo grande amigo daquele dia, imagino que consegui fazer aquilo que mais queria, que era justamente ser eu mesmo, ter meu futuro, ser diferente e poder ter aquelas histórias que todo netinho sonha ouvir de seu avô.
O duro da coisa, foi voltar até aquela cidade no Natal e encontrar boa parte dos que estudaram comigo ainda por lá, casados, com seus filhos, trabalhando em alguma loja da cidade.
Alguns simplesmente querem mais da vida, mesmo que seja em um apartamento pequeno.
Estudava em um colégio considerado bom, tinha meus amigos e inimigos, tinha meus livros, minhas canções, meus afazeres diários, e nada fugia daquele meio.
Mas um dia, refletindo com um grande amigo, tive a pequena impressão de que, permanecendo ali, naquela cidade, minha vida se resumiria a nada.
Não tinha planos para o futuro, não pensava em sair de casa, queria namorar e casar com alguma moça com a mesma vontade de viver ali, trabalharia numa das lojas locais, enfim, não seria diferente de ninguém.
O que mais me transtornou na realidade, foi o fato de ter a plena certeza de que vivendo para sempre como os demais, não evoluiria para nenhum lugar.
Meu pensamento seguinte foi objetivo: Fugir daquele lugar.
Seis anos depois, morando nesse pequeno apartamento com o mesmo grande amigo daquele dia, imagino que consegui fazer aquilo que mais queria, que era justamente ser eu mesmo, ter meu futuro, ser diferente e poder ter aquelas histórias que todo netinho sonha ouvir de seu avô.
O duro da coisa, foi voltar até aquela cidade no Natal e encontrar boa parte dos que estudaram comigo ainda por lá, casados, com seus filhos, trabalhando em alguma loja da cidade.
Alguns simplesmente querem mais da vida, mesmo que seja em um apartamento pequeno.
Um comentário:
Eu queria ter essa coragem. Por enquanto não tenho essa condição. Digo de sair de casa, de mudar a minha vida, de não ser aquela para o que todos acham que eu nasci.
Estranho.... Sair de casa, morar sozinha, me ver em um lugar desconhecido é um medo muito forte que eu tenho [principalmente por conta da solidão, que um dia quiçá eu explique]. Mas é a única coisa que eu espero realmente conseguir fazer um dia.
Uma mini inveja saudável de você. Você ousou, e isso é sempre muito bom, independente do resultado!
Postar um comentário